28 novembro 2007

Um gesto bonito numa Renamo diferente





O jornalista Lourenço Jossias conta no "Magazine Independente" de hoje que o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, foi ao enterro de Nyimpini Chissano, há dias falecido e filho do ex-presidente da República, Joaquim Chissano. Lá, após uma curta intervenção não politizada, Dhlakama foi dar os pêsames a Marcelina Chissano, mãe do falecido, ela que, várias vezes, afirmara publicamente que jamais apertaria a mão dele por "estar carregada de sangue". E ambos fizeram as pazes (p. 3).
Uma atitude digna, bela, dos dois lados.
Temos aqui o exercício de uma nova postura do presidente da Renamo, vincamente interventiva, cidadã. Exercício que parece ser acompanhado de uma Renamo bem mais sabedora, bem mais formada, bem mais profunda, bem mais adulta quando intervém na Assembleia da República, de uma Renamo que dispõe nos seus quadros de gente qualificada como Carlos Colaço, Maria Moreno, Ismail Mussá, Ivone Soares e outros. De uma Renamo, que, ao nível da coligação com a União Eleitoral, dá provas de boa gestão municipal ao nível da cidade da Beira, na pessoa do Eng.º Deviz Simango.
Adenda: o jornal "Notícias" de hoje não menciona presença de Dhlakama na cerimónia ontem realizada na vila do Songo, província de Tete, para assinalar a transferência da Hidroeléctrica de Cahora-Bassa para o Estado moçambicano.

5 comentários:

Anónimo disse...

Extendo as minhas vivas ao Presidente Renamo, por ainda ter deixado para la' as diferencas para cumprir seu dever patriotico em Songo.

Se calhar, a for assim a toada, nao tarda que vejamos e ouvic;amos de bom [ganhar eleicoes!] para instaurar uma democracia plena neste solo patrio.

Masu

Anónimo disse...

Eh, um dever patriotico que foi cumprido por uma boa parte dos orgaos de informacao ao nunca mencionar na lista de individualidades presentes a presenca do lider da oposicao.

Vejam noticias de hj, o pais..etc....

Anónimo disse...

> Gesto bonito, de ambos. Mas, particularmente da Senhora Chissano.
> Nos momentos de maior dor, libertamo-nos de ressentimentos.
Florêncio

Anónimo disse...

A morte tem esse poder faz-nos lembrar que somos apena isso, meros mortais! Algumas vezes a dor da morte faz-nos perceber outras dimensoes da vida! Subscrevo os parabens.

Anónimo disse...

Prof. como sempre a noticia seria doce se o Dlakhama anti-patriota nao estivesse la.

Mas como estive, a coisa nao eh doce...nao faz noticia.

Se eskecem que foi os segundo home mais votado por uma boa fatia do povo.

viva