31 janeiro 2012

Sinta

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Modos de navegação social (4); Alteridade e subversão (4); Para desarmar as mentes armadas (13); Os dois lados dos "chapas" (8); Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (15) Apóstolos das rosas de Fontenelle (6); Espíritos, doenças e médicos do invisível (13); Racismos (14); Pasteurização social (20); Ditos (29); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (70)

Negócios em Moçambique

Texto com data de hoje

Petição circulando na internet

Moçambique 193

Duas perguntas

Certa imprensa escrita tem dado conta de um relatório da Kenmare no qual a empresa anuncia ter ganho 167,5 milhões de dólares em 2011, um aumento de 83% em relação a 2010 (confira por exemplo aqui). O que seria importante saber - mas não ficamos, afinal, a saber - são estes dois pontos: (1) O que ganhou o Estado moçambicano?; (2) Quais foram os salários dos Moçambicanos?

Estado social e placentas da vida

Semanas atrás, centenas de famílias reassentadas em Cateme, distrito de Moatize, província de Tete, protestaram com vigor contra a maneira como estavam a ser tratadas há muito tempo, contra as suas péssimas condições de vida (aí compreendida a falta de água), depois que, por imperativo do Capital mineiro da "Vale Moçambique", foram afastadas das suas anteriores terras.
Se na "Utopia" quinhentista de Thomas Morus eram os carneiros que devoravam os homens na febre da indústria lanífera inglesa, no nosso país há indícios de que o carvão mineral possa vir a devorar camponeses e artesãos. E quem diz carvão mineral pode dizer outros minerais.
Os problemas ocorridos em Cateme pode um dia ser replicados, por exemplo, no Niassa, caso o Estado abdique do papel de Estado Social em favor do papel exclusivo de Estado ao serviço do Capital internacional, caso o Estado não monitore, previna e, no pior dos casos, corrija atempadamente situações como a de Cateme.
Tirar pessoas dos locais onde vivem é bem mais do que uma operação técnica alicerçada em casas construídas à pressa, tirar pessoas dos locais onde vivem é privá-las da memória, dos antepassados, dos cemitérios familiares e comunais, é despojá-las - rigorosamente - das placentas da vida.
Adenda às 11:55 de 02/01/2012: confira no "Diário de Moçambique" aqui.

O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (69)

Mais um pouco da série.
Feita a ocupação, efectuado o desarmamento geral da nobreza e dos seus guerreiros, comandos militares, aparelhos estatais civis e, até, Companhias, coexistiram durante algum tempo na montagem e na partilha dos aparelhos do Estado. Mas pode dizer-se que a partir de 1930 (exceptuando o caso dos territórios da Companhia de Moçambique, cuja real independência se estendeu até 1942) a administração colonial tornou-se completamente civil, estatal e gradualmente alicerçada em quatro grandes poderes, sobre os quais direi algo a partir do próximo número.
Prossigo mais tarde.
(continua)

Apóstolos da rosa de Fontenelle (5)

O quinto número da série.
Não obstante o movimento dual e dialéctico referido no número anterior (chamei-lhe duplo constrangimento), o geral da nossa vida parece ser socialmente construído no sentido de dotar os fenómenos de características de estabilidade.
Tudo o que fazemos, tudo o que sentimos, faz parte do processo social de transformação do desconhecido no conhecido, de transformação do ponto de interrogação no ponto final ou, pelo menos, na vírgula tranquilizante. Estamos confrontados com ameaças de vários tipos, sociais e naturais. O medo é socialmente instalado em nós desde que nascemos. O processo social de transformação do desconhecido no conhecido é um processo permanente de busca de certezas, certezas que anestesiem o medo, certezas que nos tornem confiantes, certezas que nos permitam fazer face a tudo o que é incerteza, ameaça e acaso.
 (continua)

Modos de navegação social (3)

Terceiro número desta nova série.
A inauguração das figuras da galeria da navegação social na cidade de Maputo  é feita com o automobilista, emblemática figura de Jano. Após aulas e exame de condução, o automobilista aprendeu que há coisas que pode fazer e coisas que não pode e não deve fazer quando conduz. Ele foi treinado (se, entretanto, não obteve a carta através de um padrinho) para evitar acidentes e respeitar outros automobilistas e peões. Assim sendo, a cidade de Maputo devia ser formalmente um modelo de condução.
                                                              (continua)

Wamphula fax+Diário da Zambézia

30 janeiro 2012

Moçambique 193

Amanhã

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Modos de navegação social (3); Alteridade e subversão (4); Para desarmar as mentes armadas (13); Os dois lados dos "chapas" (8); Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (15) Apóstolos das rosas de Fontenelle (5); Espíritos, doenças e médicos do invisível (13); Racismos (14); Pasteurização social (20); Ditos (29); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (69)

Nem Jean nem Nkosazana

Nem o actual presidente Jean Ping nem a concorrente sul-africana Nkosazana Lamini-Zuma conseguiram ser eleitos para a presidência da Comissão da União Africana após quatro tensos escrutínios. O actual vice-presidente vai assegurar a presidência interina até à próxima cimeira de chefes de Estado em Julho. Aqui.

DF+DP

Diário de um fotógrafo aqui e Diário de um poeta aqui.

O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (68)

Mais um pouco da série.
Com efeito, sempre que foi preciso fazer face a um Estado ou a um Império, os oficiais portugueses puderam tirar partido da cooptação com facções descontentes da aristocracia local e do apoio de populações ressentidas com as exacções (tenha-se em conta, por exemplo, o caso de Gaza). Inversamente, lá onde as relações de poder se encontravam mais atomizadas e digamos que mais horizontalizadas e onde, portanto, era menos potente e visível a rede territorial-tributária, foi mais difícil encontrar aliados ressentidos. Aqui a resistência foi muito mais demorada. Tornou-se mais fácil, na verdade, vencer uma linhagem do que o princípio da organização linhageira. Para colocar o problema adaptando uma imagem de George Simmel: quando mais sólida a síntese na linhagem ou na coligação de linhagens, mais forte a antítese face ao estrangeiro.
Prossigo mais tarde.
(continua)

Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (14)

Décimo quarto número da série, dedicada ao estudo das reacções populares à morte do presidente norte-coreano e, em particular, de certas reacções na imprensa ocidental sobre a autenticidade das primeiras. No número nove propus-vos mais quatro pontos destinados a orientar os textos seguintes. Prossigo no terceiro, a saber: 3. Identidade e reacção colectiva.
Acontece frequentemente que quem fala da Coreia do Norte pouco sabe dela, mas ao mesmo tempo faz fé de que muito sabe. Por exemplo, Anthony Daniels, psiquiatra e escritor, visitou uma vez o país em 1989 e isso foi o suficiente para escrever o seguinte: "É uma mistura terrível de medo, terror e apreensão em relação ao futuro, histeria em massa e, possivelmente, também de dor verdadeira". Mas logo de seguida a prudência readquiriu os seus direitos e Daniels corrigiu assim: "É muito difícil saber qual é a realidade. Acho que nunca vamos saber. Existem barreiras culturais enormes e, além disso, temos que lembrar que se trata de um regime em que o que não é proibido é obrigatório. É muito difícil saber qual é o verdadeiro estado de espírito dos cidadãos." Aqui e aqui.
Prossigo mais tarde.
Nota: confira o seguinte título disseminado por muitos portais: Cenas de desespero no funeral de Kim Jong-il; confira os 181 comentários a um texto de Carlos Vidal, aqui; estude este documento aqui. Imagem reproduzida daqui.
(continua)

WF+DZ

Primeira página do "Wamphula fax" com data de hoje. Para ampliar a imagem clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
"Diário da Zambézia", aqui.
Adenda às 10:15: A escolha de Rogério para dirigir o Partido MDM na cidade de Quelimane é, claramente, uma aposta destinada a ganhar ainda mais o apoio da juventude local.

Para reflexão

No semanário "domingo" de ontem, última página. Recorde neste diário aqui e estude os comentários feitos aqui. Para ampliar a imagem em epígrafe clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

Occupy Oakland

Mais de 200 pessoas detidas na cidade californiana de Oakland, confira aqui, aqui e aqui. Recorde neste diário aqui.

2050

Em 2050 África deverá ter 2 biliões de habitantes, mais do que a China. Aqui.

29 janeiro 2012

Amanhã

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Modos de navegação social (3); Alteridade e subversão (4); Para desarmar as mentes armadas (13); Os dois lados dos "chapas" (8); Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (14) Apóstolos das rosas de Fontenelle (5); Espíritos, doenças e médicos do invisível (13); Racismos (14); Pasteurização social (20); Ditos (29); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (68)

No "Diário de Moçambique"

"Julgamos que o Governo precisa de repensar seriamente na sua política de Educação, sob o risco de, se mudanças profundas não forem feitas a curto e médio prazos, corrermos o risco de hipotecar o futuro do país!" Aqui.

DF e DP

Sugiro confira o Diário de um fotógrafo aqui e o Diário de um poeta aqui.

O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (67)

Mais um pouco da série.
Existem, como sabeis, milhares de páginas escritas sobre o colonialismo português em Moçambique. Na maior parte dos casos, o que se acentua é a sua desumanidade, a sua imoralidade, a sistemática recusa de atribuir ao colonizado uma natureza humana, enfim o recurso permanente ao trabalho forçado. A este último propósito, um autor como Perry Anderson defendeu, mesmo, a tese de um "ultra-colonialismo" português específico.
Mas a história da colonização precisa de ser aprofundada.
Começo por me permitir regressar ao tema da ocupação militar. Formalmente esta durou, talvez, 34 anos. A resistência oposta, de tipo imediato o mais das vezes, foi mais demorada lá onde o político era mais descentralizado, mais capilarizado e relativamente breve lá onde esse político era mais centralizado.
Prossigo mais tarde.
(continua)

Dilma esqueceu-se dos indignados de Cateme

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, esteve no Fórum Social Temático e fez uma elogiosa referência aos "indignados" dos Estados Unidos e da Europa. Mas esqueceu-se quer da favela do Pinheirinho no seu país, quer dos indignados moçambicanos de Cateme, lá onde opera a Vale Moçambique. Aqui, aqui, aqui e aqui. Foto reproduzida daqui.

Erick Charas

Em entrevista ao jornal "Canal de Moçambique" (CM), Erick Charas, director do jornal "@Verdade", fez uma severa crítica ao governo e ao seu partido, a Frelimo, afirmando que o país está a ser mal dirigido, que está sobretudo a ser dirigido com ideias velhas por pessoas que querem ser eternas no poder. O seu discurso foi especialmente assente na juventude, juventude que Charas considera estar a ser sistematicamente defraudada nos seus sonhos. Uma das suas mais severas frases é a seguinte: "O colono apenas mudou de raça". À frente do Grupo Charas, com o objectivo de fornecer casas (assegurou na entrevista estarem em curso de construção 15 prédios de 26 previstos), Erick afirmou, segundo o CM, que a juventude deve revoltar-se contra a falta de oportunidades e pobreza (pp. 16-20, edição de 25/01/2012). Foto reproduzida daqui.
Adenda às 8:20 de 30/01/2012: entrevista na íntegra aqui.

"À hora do fecho"/"Savana"/27-01-2012

Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "À hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com "A hora do fecho" desta semana, da qual ofereço, desde já, um aperitivo:
* (...) Às vezes é preciso fingir uma preocupação pelo povo...

40/42 milhões de pessoas na prostituição

Segundo o primeiro Relatório Mundial sobre a Exploração Sexual divulgado este mês pela Fundação Scelles, 40 a 42 milhões de pessoas prostituem-se no mundo, 80% delas são mulheres ou crianças e três quartos têm entre 13 e 25 anos. Aqui.

A colonização do século XXI em África

Um trabalho de John Vidal aqui.

28 janeiro 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos; "À hora do fecho" no "Savana" (Edição de 27/01/2012)
* Séries pessoais: Modos de navegação social (3); Alteridade e subversão (4); Para desarmar as mentes armadas (13); Os dois lados dos "chapas" (8); Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (14) Apóstolos das rosas de Fontenelle (5); Espíritos, doenças e médicos do invisível (13); Racismos (14); Pasteurização social (20); Ditos (29); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (67)

Presidencial no Senegal: Youssou excluído, protestos em Dacar

Partidos políticos da oposição e movimentos civis contestando a candidatura do presidente Abdoulaye Wade à presidencial do próximo mês no Senegal pediram aos Senegaleses que marchassem para o palácio presidencial e desalojassem Wade, depois que o Conselho Constitucional validou a sua candidatura mas recusou a de Youssou Ndour. Aqui e aqui. Recorde uma postagem minha do dia 3 do corrente neste diário aqui.
Adenda às 17:52: confira um trabalho no GuinGuinBali, aqui.

28 anos depois

Vinte e oito anos depois da última viagem em 1984 e após 18 horas de percurso em mais de 600 quilómetros, um comboio de passageiros ido da cidade de Beira, capital da província de Sofala, chegou anteontem à noite à estação ferroviária da vila de Moatize, província de Tete. Aqui.
Adenda às 8:30: habitam a minha memória de jovem tetense duas viagens Moatize/Beira: uma de automotora e outra de comboio.
Adenda 2 às 13:28: há algo na memória a dizer-me que a automotora só ia até Mutarara, após o que fazíamos o transbordo para o comboio. Não sei se no país haverá alguém capaz de confirmar ou infirmar isso.

Maka Angola

No Maka Angola de Rafael Marques de Morais: "A funcionar há cerca de um ano no Bairro Nova Vida, em Luanda, o Hipermercado Kero também é um modelo na eliminação das fronteiras entre o público e o privado, por parte dos principais dirigentes angolanos que são, ao mesmo tempo, os principais empresários privados nacionais." Aqui.

Mais dois diários

Permitam-me propor-vos visitem mais dois diários meus, de fotografia aqui e de poesia aqui.

O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (66)

Mais um pouco desta longa série.
Escrevi no número anterior que, apesar do risco de repetir ideias e textos deste diário (e, mesmo, desta série), iria ocupar-me da gestão corporal do período colonial. Então vamos lá. Introdutoriamente, permito-me transcrever um pouco longamente uma pequena parte de um relatório colonial de 1899 concernente ao "trabalho indígena", cujo relator foi António Enes: "Portugal precisa, precisa absolutamente, precisa inadiavelmente fazer prosperar os herdamentos de África, e a prosperidade deles só pode advir da sua produtividade. Hoje, o problema culminante e fundamental da administração (...) é obrigar as províncias ultramarinas a produzirem, e talvez que a solução deste problema dificílimo seja a única solução prática da crise nacional. (...) Precisamos do trabalho dos indígenas, até para melhorar a condição desses trabalhadores; precisamos dele para a economia da Europa e para o progresso da África. A nossa África tropical não se cultiva senão com Africanos. O capital que se prestar a explorá-la, e que tão preciso é, há-de pedir trabalho para as explorações, trabalho abundante, barato, resistente; e esse trabalho, em tais condições, nunca lograrão fornecer-lho as emigrações europeias, que o impaludismo dizima. O negro, só o negro, pode fertilizar a África adusta, e de uma raça que ainda até hoje, no decurso de séculos sem conto, não produziu por esforço seu espontâneo um só rudimento de civilização, nunca se tirarão legiões de obreiros de progresso senão actuando sobre ela com todos os incentivos e todas as compulsões de uma tutela, beneficiente nos intuitos, justiceira e até generosa nos actos, mas enérgica e forte nos processos."
Prossigo mais tarde.
(continua)

Os "rebanhos" de carvão

É evidente que o cenário não é o inglês do século XVI e não é povoado por carneiros. O cenário é o moçambicano de hoje e é povoado por carvão, digamos que por "rebanhos" de carvão. A corrida ao carvão não é só em Tete, ocorre também no Niassa. Aqui.

Aconteceu

A nossa imprensa não referiu que em Outubro do ano passado realizou-se numa cidade brasileira o 1º Encontro Mundial de Blogueiros. Ainda que atrasadamente, permito-me sugerir-vos alguns textos a ele referentes, aqui.

Um inquérito aos operários

De um texto de Karl Marx de 1880: "Nem um único governo, monarquia ou república burguesa, se aventurou a realizar uma investigação séria sobre a posição da classe trabalhadora francesa. Mas quantas investigações têm sido realizadas sobre crises - agrícola, financeira, industrial, comercial, política!" Aqui e aqui.
Pequena nota: pergunto-me sobre a oportunidade de um inquérito desse tipo a fazer à nossa classe operária ou, se preferides, à nossa classe operário-camponesa.

Obama: um populismo perigoso

Com o título em epígrafe, um trabalho aqui.

27 janeiro 2012

Terra arável em Moçambique

No macauhub: "A área cultivada em Moçambique aumentou 47% na última década, um ritmo “impressionante” para a Economist Intelligence Unit, mas a quantidade de terras aráveis disponíveis ainda está subaproveitada devido à falta de infra-estruturas e capacidade de investimento." Aqui.

Vale: votada pior empresa do mundo

O público de Public Eye People´s considerou a Vale (que também opera em Moçambique) a pior empresa do mundo - resultado hoje divulgado no Fórum Económico Mundial de Davos, Suíça. Confira aqui e aqui. Recorde neste diário aqui, aquiaqui e aqui.
Adenda às 18:08: confira uma entrevista com o tema logo abaixo, aqui:

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Modos de navegação social (3); Alteridade e subversão (4); Para desarmar as mentes armadas (13); Os dois lados dos "chapas" (8); Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (14) Apóstolos das rosas de Fontenelle (5); Espíritos, doenças e médicos do invisível (13); Racismos (14); Pasteurização social (20); Ditos (29); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (66)

Edição de hoje

A salvação na MIACES segundo "@Verdade"

No "@Verdade" digital: "Na emergente congregação religiosa Missão da Igreja Apostólica em Comunhão do Espírito Santo (MIACES) em Nampula, os crentes são submetidos a diversos tipos de torturas físicas e psicológicas, supostamente para redimi-los de pecados e garantirem a salvação eterna." Aqui.

Outros dois diários actualizados

Diário de um fotógrafo na 632ª foto intitulada O homem e o maraqui; Diário de um poeta com o poema D. Maria, aqui.

Do poder-coisa ao poder-relação (11)

Décimo primeiro e último número da série.
Uma vez que não possuímos todos os mesmos interesses, os mesmos recursos e os mesmos trunfos, toda a relação humana é assimétrica, quer dizer, haverá sempre quem tenha mais poder do que outrém e, por consequência, mais dividendos. Dada essa assimetria, o conflito é uma parte constitutiva de toda a cooperação, uma força de socialização e de orientação por excelência.
Imagem reproduzida daqui.
(fim)

O retorno das caravelas e o Ministério do Trabalho

Do editorial do semanário "Savana" com data de hoje: "As novas elites moçambicanas, que sentem à distância o tratamento “kung-fu” dispensado por algumas empresas chinesas aos trabalhadores locais, reagem com notório nervosismo e muitas vezes com justificada indignação ao que pejorativamente apelidam de “novo colonialismo”. Ao entusiasmo da imprensa portuguesa perante oportunidades de negócio e o renascer de Gilberto Freyre e do lusotropicalismo corresponde uma não contida preocupação dos sectores moçambicanos que se sentem ameaçados nos seus empregos e promoções, complementado pelo ruidoso silêncio dos sectores oficiais em não abordarem os aspectos sociais - que acabam também por ser políticos - do retorno das caravelas lusas." Aqui.

Fórum social mundial 2012

Confira programa e análise variada aqui e aqui.

26 janeiro 2012

O retorno das caravelas e o Ministério do Trabalho

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: Modos de navegação social (3); Do poder-coisa ao poder-relação (11); Alteridade e subversão (4); Para desarmar as mentes armadas (13); Os dois lados dos "chapas" (8); Kim Jong-il, multidões, desespero e problemas de análise (14) Apóstolos das rosas de Fontenelle (5); Espíritos, doenças e médicos do invisível (13); Racismos (14); Pasteurização social (20); Ditos (29); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (66)

Confira

"Diário de um fotógrafo", aqui

Modos de navegação social (2)

Segundo número desta nova série.
Sem dúvida que a galeria de tipos sociais é imensa na navegação social do nosso país. Mas nesta série o meu propósito é bem modesto e consiste unicamente em apresentar hipóteses de alguns desses tipos da cidade de Maputo. Talvez não seja má ideia começar pelo automobilista - dual figura, imponente figura -, coisa que farei no próximo número.
(continua)

Do poder-coisa ao poder-relação (10)

Décimo número da série.
Não há qualquer tipo de relação humana exterior à (s) relação (ões) de poder. A evidência empírica mostra-nos que lá onde seres humanos estão em contacto, questões muito simples se põem regularmente, a saber: quem influencia, quem manda, quem induz, quem ganha, quem perde, etc.
Imagem reproduzida daqui.
(continua)

Os dois lados dos "chapas" (7)

O sétimo número desta série.
Escrevi no número anterior que os chapas são galinhas que por trás do aspecto dumba nengueiro, põem ovos de ouro. Os ovos de ouro são em primeiro lugar para os proprietários. Reparem que raramente circulam na cidade de Maputo chapas novos, os chapas são regra geral velhos, em mau estado técnico, não poucas vezes em perigoso estado técnico. O que significa serem velhos? Significa que, em seu estado-cai-a-cada momento, são ostensivamente destinados a captar receitas das classes mais desfavorecidas, as que são transportadas como gado, as que conformadamente aceitam ser gado. Pergunta: então, quer isso dizer que os lucros são baixos, pequenos?
Se não se importam, prossigo brevemente.
(continua)

Chika Ezeanya a propósito da nova sede da UA

No dia 28 a União Africana disporá de um edifício de 124 milhões de dólares, sua nova sede, doado pela China com o nome "Oferta da China a África". O presidente chinês deverá visitar a Etiópia para a inauguração. A esse propósito, Chika Ezeanya escreveu um texto no seu portal, aqui.