23 fevereiro 2012

Simango e os buracos de Maputo

Segundo o "Notícias" digital de hoje, o presidente do município de Maputo, David Simango, afirmou que as chuvas que têm caído impedem que se tapem buracos nas estradas da cidade de Maputo. Aqui.
Comentário: a buracagem existente na cidade de Maputo poderia e pode ser evitada se (1) funcionassem equipas municipais de intervenção pontual "préchuva" e "intrachuva", digamos que cirúrgica, evitando que os pequenos buracos se tornem grandes e multiplicadores e (2) se funcionasse uma rigorosa avaliação da qualidade da asfaltagem. Finalmente, segue abaixo o ponto de situação do questionário sobre o desempenho do município de Maputo, conferível e participável aqui:
Para ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

4 comentários:

nachingweya disse...

Os requisitos essenciais para a fiscalização de obras (sobretudo as públicas) são:
• Integridade e bom senso
• Conhecimento e domínio das normas técnicas
• Especialização (e experiência-recomendável)
A qualidade das nossas obras públicas denuncia inconfessáveis promiscuidades entre donos, empreiteiros , fiscais de obra e Reguladores.
Senão vejamos o recente corte da N1 no 3 de Fevereiro: Será que , aquela peliculazinha de asfalto que vimos nas imagens da TV(~2-3 cm), sem nenhum material consistente a servir de base, num troço de estrada particularmente vulnerável aos cursos de água existentes e cujo comportamento é conhecido, responde aos termos de referencia do projecto de engenharia?
O dono da obra é a ANE. Quem foi o empreiteiro? Quem foi o fiscal? Face às revelaçõe sao do acidente, o que diz o dono da obra? Parece que nada, ocupado a festejar o sucesso de reposição da circulação na N1 em 72 horas! Será que foi aberto algum inquérito. Duvido.
Numa escala mais localizada o cenário replica-se nos municípios. Face aos aspectos indefensáveis em engenharia , tem de ser mesmo o discurso presidencial a dizer que a nossa cidade não suporta chuva, a coitada!

Felippe disse...

Prezado nachingweya,
Faço minha as suas palavras! A minha maior indignação é ver leigos tratando de assuntos de engenharia(principalmente em obras públicas), tomando decisões técnicas e dando aval à serviços técnicos sem terem capacidade para tanto. Na minha cidade de São Pedro da Aldeia, para ser fiscal de obras, não é necessário ter formação técnica e sim uma indicação superior. É UMA VERGONHA!

Salvador Langa disse...

Abra-se inquérito disciplinar à chuva.

ricardo disse...

Os resultados do questionario (ainda que provisorios) falam por si...